O Banco Palmas é uma experiência desenvolvida no conjunto Palmeiras, região da periferia de Fortaleza (CE) e foi criado em 1998 por Joaquim de Melo. O projeto inovador apresenta um banco comunitário que concede crédito para pequenos empreendedores de economia solidária na região, dando dinamismo à economia local por meio de uma moeda digital.
 
O bairro, hoje conhecido como Palmeiras, na década de 1970 era considerado um “lixão”. Por conta de sua origem, sempre apresentou carência de uma série de serviços públicos, o que demandou criatividade da população na busca por serviços de saúde, educação e promoção de desenvolvimento econômico.

O Banco Palmas surge nesse contexto para suprir demandas e incentivar projetos de economia solidária de famílias do local. Administrado pela Associação dos Moradores do Conjunto Palmeira (Asmoconp), o projeto aplica princípios de economia solidária na superação de pobreza e geração de oportunidades, por meio de microcrédito para produção e consumo local.
 
A moeda social do banco é indexada pelo real e, no início, circulava na forma de papel, mas, a partir de 2016, quando o Brasil regulamentou o uso de moedas digitais, a moeda transformou-se no “e-dinheiro”, gerido pelo Instituto E-Dinheiro Brasil. A moeda é utilizada por mais de cem bancos comunitários em 90 municípios de 20 estados, formando a Rede de Bancos Digitais Solidários.

O comércio local, variado e dinâmico, é composto principalmente por pequenas vendas de alimentos e de produtos manufaturados de baixo custo, além de inúmeros negócios de prestação de serviços como cabeleireiro, conserto de celulares, restaurantes, borracharias etc. O que facilita a aceitação do e-dinheiro.